EXPLORAÇÃO DA MATEMÁTICA PRESENTE NO BALAIO CONFECIONADO PELO POVO DO CUBANGO: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA NO MUNICÍPIO DE MENONGUE

Autores/as

  • Simão Pedro Mateus Selezi

Palabras clave:

Etnomatemática, Balaio, Geometria, Actividades quotidianas, Matemática formal e informal

Resumen

O presente artigo tem como objetivo explorar conceitos matemáticos incorporados no balaio (um dos artefactos confecionado em Angola, em particular na província do Cubango), tendo como base as teorias da Etnomatemática. Preocupa-nos em saber de que forma este artefacto, “balaio”, que envolve conceitos matemáticos, pode contribuir para o melhoramento do ensino da Matemática (especialmente do ensino de Geometria). Para fazer cumprir o objetivo exposto e tendo em conta a natureza do tema, usou-se uma investigação do tipo, quanto à abordagem, qualitativo e, quanto aos objetivos, descritivo e exploratório, na qual as informações foram obtidas através de observações diretas e aplicação de entrevistas não estruturadas. Participou, neste estudo, três artesãos das diversas aldeias (ou bairros) do Município de Menongue. Após a obtenção de informações, foi feita uma análise minuciosa dos conceitos matemáticos (ou padrões geométricos) implícitos no balaio. Foi também utilizada a investigação bibliográfica, na qual mencionou-se alguns autores como D`Ambrosio, Gerdes, Rosa, Orey, Selezi. Os artesãos, quando confecionam e adornam os artefactos, usam muita matemática (ou muita geometria) como losangos, triângulos, retângulos, retas perpendiculares, retas paralelas. Após a análise da matemática incorporada no balaio ou usada pelos artesãos, elaborou-se algumas atividades pedagógicas que podem ser úteis para os alunos do ensino primário e secundário. Esta investigação pode servir de ponto de partida para os investigadores e/ou professores de matemática, uma vez que o tema em estudo tem o pendor da etnomatemática.

Publicado

2025-06-19